"Quando o mercado vir que vai depender de uma deliberação do Congresso, que me parece que não está disposto a dar, talvez fique nervoso", disse Eduardo Cunha
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, falou nessa segunda-feira, dia 14, que considera "muito pouco provável" a aprovação da CPMF pelo Congresso. Classificou ainda como "pseudocortes" a redução nos gastos púbicos de R$ 26 bilhões anunciada pelo governo federal para tentar reequilibrar as contas da União.
O governo, segundo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, vai propor o retorno da CPMF com alíquota de 0,2%. A alíquota da cobrança, extinta em 2007, é inferior aos 0,38% que vigoravam antes.
Acho muito pouco provável passar, porque o governo está com uma base muito frágil”, afirmou Cunha. O peemedebista disse ainda ser pessoalmente contra a medida e considerar “temeroso” que o governo conte com isso para o ajustar as contas, mas afirmou que não irá interferir na sua tramitação na Câmara. “Sou contra, pessoalmente”, declarou. Para ele, os cortes anunciados são insuficientes. “É um pseudocorte de despesas”, criticou.
Segundo informações do G1, o presidente da Câmara salientou que os cortes podem até acalmar o mercado financeiro em um primeiro momento, mas, depois de analisadas mais de perto, vão gerar "frustração", uma vez que não são certas.
"Quando o mercado vir que vai depender de uma deliberação do Congresso, que me parece que não está disposto a dar, talvez fique nervoso", disse Eduardo Cunha.
Segundo o parlamentar, o governo precisava mostrar o que é possível fazer, em vez de criar uma "expectativa que amanhã possa gerar uma frustração".
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