Em 1987, a Organização das Nações Unidas (ONU) determinou 26 de junho como o Dia Internacional de Combate às Drogas, e aqui no Brasil o Julho Branco – mês do combate ao uso de drogas por crianças e adolescentes, de acordo com a Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Sabemos que a criança que cresce em um ambiente onde os pais são alcoólatras ou usuários de drogas, a probabilidade deste indivíduo também fazer uso dessas substâncias é grande e evitar este tipo de ambiente é o primeiro passo de uma atitude de prevenção.
A adolescência é a faixa etária de maior vulnerabilidade para a experimentação e o uso abusivo de álcool e drogas, e os motivos que levam ao aumento do uso dessas substâncias são diversos. Alguns fatores podem estar relacionados a essa fase da vida, na qual são comuns a sensação de onipotência, ou seja, sentir que tem poder para fazer o que quiser e a necessidade de desafiar a família e a sociedade buscando novas experiências.
Especialistas ressaltam que quanto menor a idade de início da ingestão da bebida e outras drogas, maiores as possibilidades de o jovem se tornar um usuário dependente ao longo da vida. O consumo antes dos 16 anos aumenta significativamente o risco de se tornar alcoólatra na idade adulta. Se houver histórico familiar de adicção de álcool e outras drogas, por estarem mais expostos a essas substâncias e devido à hereditariedade, estão mais propensos ao uso precoce.
Adolescentes que se expõem ao uso excessivo dessas substâncias podem desenvolver problemas como:
- ansiedade
- depressão
- transtorno de personalidade
- déficit de memória
- perda de rendimento escolar
- retardo no aprendizado e no desenvolvimento de habilidades
O jovem é muito influenciado também pelo grupo ao qual está inserido. Se o grupo acha normal e legal beber em excesso ou usar drogas, ele também achará ou será compelido a achar. E o que é mais preocupante é que o uso dessas substâncias tem sido cada vez mais aceito socialmente.
Nesse contexto, o papel da família ganha mais destaque. É preciso monitorar o adolescente, saber com quem se relaciona, quais locais frequenta. Não é o monitoramento no sentido de vigilância, mas de preocupação com a saúde e a segurança. É ter uma relação de confiança e com transparência e respeito, sabendo ouvir e dialogar.
A prevenção deve começar cedo, por volta dos sete ou oito anos de idade. Nessa faixa etária, as crianças ainda ouvem os pais. Já na pré-adolescência, é aos amigos que o jovem dará mais atenção, muitas vezes ignorando os conselhos dos pais.
A abordagem deve ser feita de maneira natural, introduzindo o assunto quando a criança, por exemplo, tiver algum tipo de contato com alguém que bebeu demais. Caso os pais percebam que o jovem está apresentando um comportamento incomum (agressividade, notas baixas na escola etc.), a recomendação é procurar ajuda de um especialista. O exemplo é sempre muito importante, ficando sempre difícil colocar limites quando não fazemos o que falamos.
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